Segundo nota da Secretaria, a iniciativa de desativação é baseada na queda no número de casos e na taxa de ocupação em cada região. As informações com Juliana Sartori.
Nos últimos 30 dias, quase 322 leitos exclusivos para pacientes infectados ou suspeitos para o novo coronavírus do SUS foram desativados no Paraná, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Os dados são referentes a leitos de UTI e enfermaria adulto e pediátrico, do Sistema Único de Saúde. No dia 15 de setembro eram 2.727 leitos de UTI e enfermaria exclusivos para pacientes da Covid-19. Já no dia 15 de outubro, na última quinta-feira, o número passou para 2.405 leitos, uma redução de quase 12%. Segundo nota da Secretaria, a iniciativa de desativação é baseada na queda no número de casos e na taxa de ocupação em cada região. Esta estratégia já estava prevista, assim como a ativação de novos leitos, caso os números e taxas de ocupação subam novamente.
Entre as regiões que deve passar por incremento de leitos, indo na contramão do que acontece no restante do estado, está Foz do Iguaçu, devido à abertura da Ponte da Amizade nesta semana. A medida traz preocupação quanto ao fluxo de pessoas vindas do país vizinho em busca de atendimento médico. Por isso, a prefeitura de Foz do Iguaçu, com apoio da Secretaria Estadual de Saúde, encaminhou ao Ministério da Saúde um plano de contingência que prevê, entre outras ações, a abertura de 70 novos leitos de UTI no município.
Com aproximadamente 430 mil habitantes, a Regional de Saúde de Foz conta atualmente com 75 leitos de UTI. Cidade do Leste e outras cidades que fazem parte do Departamento de Alto Paraná somam cerca de 736 mil habitantes, dos quais estima-se que 96 mil sejam brasileiros. Com isso, a prefeitura de Foz calcula que uma população de até 1,2 milhão de habitantes dependa de atendimento no município após a reabertura da fronteira.
Além da criação de novos leitos, são relacionadas outras medidas como implantação de uma unidade móvel na cabeceira da Ponte da Amizade para triagem dos pacientes; ampliação da testagem com aquisição de insumos; novos equipamentos, como camas elétricas, monitores, ventiladores pulmonares, aparelhos de ultrassom, além da contratação de equipes, incluindo médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Para isso, são estimados investimentos da ordem de R$ 7 milhões em equipamentos e insumos, e um custo mensal de R$ 6,3 milhões para manutenção dessa estrutura, pleiteados junto ao Ministério da Saúde. O governo federal ainda não se manifestou sobre o pedido.
De Curitiba, Juliana Sartori