Uma estudante de um colégio de Rolândia, que causou pânico em alunos e funcionários esta semana, ao fazer um desenho anunciando um possível ataque à escola. A jovem foi identificada nesta quarta-feira pela direção do colégio com apoio da Polícia Militar. A adolescente foi encaminhada à delegacia da cidade. Este foi o segundo caso de ameaças de morte nas escolas registrado em menos de uma semana no Paraná. E pensando em garantir a segurança dos alunos nos colégios, está em trâmite na Assembleia Legislativa, um projeto de lei que torna obrigatória a instalação de detectores de metais nas instituições de ensino de todo o estado.
O desenho encontrado pelos alunos do turno da tarde no Colégio Estadual Presidente Kennedy, em Rolândia, no norte do Paraná, fazia alusão ao massacre da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, onde cinco alunos e duas funcionárias morreram, quando dois ex-alunos entraram no local armados. A figura e os escritos garantiam que a possível tragédia no colégio Presidente Kennedy, seria muito maior. A instituição de ensino atende 1.200 alunos nos três turnos. Alunos, pais e professores ficaram em pânico com as ameaças de morte feitas em uma carteira escolar, como relata a diretora do colégio Maria Goreti de Freitas.
Policiais militares ficaram durante toda esta quarta-feira no interior e na entrada do colégio, para garantir a segurança dos estudantes, mesmo assim vários não foram à aula. Os policiais descobriram que foi uma aluna quem fez o desenho e escreveu as frases de ameaça. A estudante foi encaminhada para a delegacia, como conta a diretora da escola, Maria Goreti de Freitas.
Profissionais da Educação e da Segurança Pública do Paraná estão em alerta. Na semana passada dois alunos, um de 16 e outro de 17 anos, planejavam um ataque numa escola estadual em Marilena, no noroeste do Paraná. Um deles confirmou à polícia a intenção de promover o ataque. Os dois foram encaminhados para um centro de socioeducação.
No dia 15 de março, dois dias depois da tragédia ocorrida em Suzano, o Governo do Paraná lançou o programa Escola Segura, que prevê a presença de policiais nas escolas estaduais.
Para o deputado Ademar Traiano, presidente da Assembleia Legislativa, ter apenas um policial na escola não é o suficiente para garantir a segurança dos alunos e professores. Pensando em ampliar as ações de proteção do governo, o parlamentar apresentou um projeto de lei que torna obrigatória a instalação de detectores de metais nas escolas estaduais do Paraná. Pela proposta, qualquer pessoa que queira ter acesso aos estabelecimentos de ensino terá que passar antes pelo detector de metais.
Caso aprovada a proposta, o governo do estado terá o prazo de um ano, contado a partir da publicação da lei, para providenciar toda a estrutura necessária para o cumprimento da norma nas escolas em todo o Paraná.
Repórter Deividi Lira.