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Curitiba e 16 cidades da região metropolitana devem receber colégios cívico-militares

Por Jornalismo. Publicado em 26/10/2020 às 12:20.

Curitiba e 16 cidades da região metropolitana devem receber colégios cívico-militares. Governador Ratinho Junior fez o anúncio nesta segunda-feira. Audiências públicas com a comunidade para implementar ou não o projeto começa nesta terça-feira. As informações com Juliana Sartori.

Curitiba e mais 16 cidades da Região Metropolitana vão contar com colégios cívico-militares em 2021. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo governador Ratinho Junior. Serão 22 escolas apenas na Capital. Colombo (com 5), São José dos Pinhais (com 4) e Piraquara e Araucária (com 3) vêm na sequência em quantidade de escolas a serem implatandas, mas o programa também contempla Almirante Tamandaré, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Fazenda Rio Grande, Lapa, Mandirituba, Pinhais, Quatro Barras, Quitandinha, Rio Branco do Sul e Rio Negro. O programa que será implementado em 215 colégios estaduais de 117 municípios é o maior do País nessa modalidade.

SONORA

O programa é voltado nesse primeiro momento para municípios com mais de dez mil habitantes. Os critérios estabelecidos pela lei foram existência de ao menos duas escolas estaduais na área urbana, alto índice de vulnerabilidade social, baixos índices de fluxo e rendimento escolar e que não ofertem ensino noturno.
Além dessas sete cidades, terão colégios cívico-militares Ponta Grossa, Castro e cinco municípios do Litoral (Pontal do Paraná, Guaratuba, Matinhos, Paranaguá e Antonina).

A implantação dos colégios será de escolha livre da comunidade escolar, por meio de consulta pública, já a partir de terça-feira. A pesquisa será em formato de referendo, cabendo à população dizer sim ou não ao modelo na escola em questão. Fazem parte da comunidade professores, funcionários e pais de alunos matriculados na instituição.
Para ter validade, mais de 50% das pessoas aptas devem participar da consulta. O resultado deve sair até quinta-feira.

Essa nova modalidade de ensino vai funcionar com gestão compartilhada entre militares e civis em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. As aulas vão continuar sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto os militares vão ser responsáveis pelas áreas de infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares.

O projeto de lei de autoria do Governo do Paraná para a criação das 200 escolas cívico-militares foi aprovada na Assembleia Legislativa no final de setembro, após acaloradas discussões entre os representantes do governo e da oposição, que não teve votos suficientes para derrubar a ideia. Foram 43 votos favoráveis, seis contrários e cinco não participaram da votação.

De Curitiba, Juliana Sartori