As demissões e o aumento da rotatividade de professores nas universidades e faculdades particulares de Curitiba nos últimos 12 meses, tem preocupado o sindicato que representa a categoria. Para a entidade, o fato também lança um alerta sobre a qualidade do ensino e as consequências para o futuro do país. Confira na reportagem é de Amanda Yargas.
Cerca de mil professores foram demitidos nos últimos 12 meses de instituições de ensino superior privado em Curitiba e Região Metropolitana. O dado é uma estimativa do sindicato da categoria, o Sinpes, como explica o presidente da organização, Valdyr Perrini.
As demissões representam cerca de 1/6 dos professores da região. Apesar de algumas faculdades terem fechado e outras turmas migrarem para o ensino a distância, mudando um pouco o quadro de vagas, Perrini considerou que a maioria das demissões tem o intuito de contratar professores com menor experiência para diminuir a folha de pagamento.
Para o presidente, a situação é resultado da aprovação da reforma da trabalhista e de uma aposta das universidades e faculdades na precarização do ensino como forma de aumentar lucros. Ele avalia que uma rotatividade deste nível acaba por prejudicar o progresso do próprio país.
O Sindicato das Escolas Particulares do Paraná, sindicato patronal que atende as instituições de ensino superior informou que não se manifestaria sobre o assunto por não ter acesso a dados ou informações a este respeito.
Repórter Amanda Yargas