Paraná é referência na rede de transplante e taxa de aceite das famílias.
Por Marinna Prota
Foi no interior de Altônia, no Paraná, que a história de Samila Rocha começou a ser escrita. Aos 15 anos, ela se viu em uma luta contra problemas renais, que levaram a jovem a passar por sessões de hemodiálise.
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O sofrimento era acompanhado de perto pela família. Com a notícia de que ela precisaria de um transplante, o amor de mãe falou mais alto. Samila foi informada que finalmente poderia deixar o tratamento com a hemodiálise pois um órgão novo seria doado. Para ela, o gesto veio em vida e da própria mãe.
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De acordo com o Sistema Estadual de Transplantes do Paraná (SET/PR), cerca de 3,5 mil pessoas estão atualmente na fila de espera por um órgão, sendo 1.937 pacientes à espera de um rim e outros 1.278 aguardando uma doação de córnea.
Portador de glaucoma há 23 anos e com sérias dificuldades na visão, o aposentado Valdir Pedro Hinckel, 68 anos, fez dois transplantes de córnea. No primeiro, o órgão teve rejeição e após esperar na fila por um ano e meio, o segundo procedimento foi realizado com sucesso.
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O tempo médio de espera para um transplante de córnea é de aproximadamente um ano. Essa fila é única, independente se a pessoa vai fazer o procedimento pelo SUS, convênio médico ou particular. É preciso esperar a vez.
Referência em transplantes de córnea, o Hospital de Olhos do Paraná conta hoje com 298 pessoas na lista de espera. Robson Torres, oftalmologista do hospital, ressalta a importância da doação de órgãos.
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O Paraná se destaca como líder nacional em doações efetivas de órgãos em 2023, com 243 doadores registrados de janeiro a junho, resultando em uma taxa de 42,5 doadores por milhão de habitantes. Segundo a Central Estadual de Transplantes, 1.260 pessoas aguardam para receber o órgão. O médico explica que para se tornar um doador basta avisar o desejo para a família.
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Samila Rocha, agora com 36 anos, tem como próximo sonho ser mãe, mas isso só será possível porque lá atrás, alguém deu uma segunda chance para ela.
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