
Estimativa global indica que, até 2040, enfermidades nos rins estarão entre as principais causas de morte no mundo; além da hidratação, especialista reforça a importância de fatores como controle do diabetes, redução do consumo de sal e evitar o uso prolongado de anti-inflamatórios sem orientação médica
Por Flávia Consoli
A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a reconhecer oficialmente as doenças renais crônicas como uma prioridade global em saúde pública. O alerta veio no mês passado e acende uma luz para o avanço silencioso dessas enfermidades, que muitas vezes não apresentam sintomas em estágios iniciais. A estimativa é de que, até 2040, as doenças renais estarão entre as maiores causas de morte no mundo. Para entender melhor esse cenário e os cuidados que todos devemos ter com a saúde dos rins, ouvimos a doutora Juliana Leme, médica nefrologista da Eco Nefrologia – Nefroclínicas, especialista em prevenção e tratamento de doenças renais. Ela explica o que significa esse reconhecimento da OMS e por que é importante falar mais sobre o tema
SONORA
A detecção precoce é um dos principais desafios. Muitos casos são descobertos apenas quando há perda significativa da função renal, o que pode levar à necessidade de hemodiálise ou transplante. A boa notícia é que, na maioria dos casos, há como prevenir e controlar a evolução da doença com hábitos simples, como alimentação equilibrada, controle da pressão arterial, exames regulares e, claro, hidratação adequada. A doutora também responde uma dúvida muito comum: afinal, quanto de água devemos beber por dia?
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Além da hidratação, a médica reforça a importância de fatores como controle do diabetes, redução do consumo de sal e evitar o uso prolongado de anti-inflamatórios sem orientação médica — atitudes que ajudam a proteger a saúde dos rins ao longo da vida. A campanha da OMS visa justamente ampliar o conhecimento sobre essas doenças silenciosas e estimular medidas preventivas, que podem começar com simples escolhas no dia a dia.