Garrafas PET são apontadas hoje como um perigo para a natureza e para a saúde; nova descoberta foi feita por cientistas na Alemanha e pode auxiliar em soluções sustentáveis para este material.
Por Fernanda Nardo
As garrafas PET são aquelas utilizadas nos refrigerantes, sucos e até mesmo água mineral. Trata-se de um dos plásticos mais produzidos e utilizados do mundo. Embora sejam 100% recicláveis, ainda há muita gente que descarte as garrafas PET no meio ambiente. Essa é uma atitude que faz com que elas representem um perigo não apenas para a natureza, mas para a saúde do ser humano. De acordo com os últimos dados divulgados no 11º Censo da Reciclagem do PET no Brasil, o país reciclou 55% das embalagens descartadas pela população em 2019. O volume equivale a 311 mil toneladas do produto – 12% acima do registrado em 2018. De acordo com a engenheira de Bioprocessos e Biotecnologista e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo (UP), Maura Guérios, como o PET não é biodegradável, quando descartado incorretamente, ele se acumula na natureza.
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Segundo ela, a principal técnica para o tratamento de resíduos é a degradação biológica. No entanto, como o plástico não é biodegradável, as garrafas PET não conseguem ser degradadas por esse processo. Ela aponta que recentemente, pesquisadores alemães, encontraram na natureza novas enzimas capazes de fazer a degradação do plástico. As enzimas são biomoléculas que aceleram reações, como a lactase, utilizada para quebrar a molécula de lactose presente no leite, por exemplo. A especialista fala sobre os resultados desta pesquisa.
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No entanto, ela explica que existem vários tipos de PET, e que essa enzima descoberta na Alemanha, é capaz de degradar apenas um tipo de plástico.
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