O projeto da “Escola sem Partido”, que pretende que a escola evite o direcionamento ideológico dos alunos, vai ser votado na próxima terça-feira pelos deputados estaduais do Paraná. Um dos temas que gera mais polêmica na sociedade, pode render mais ainda na Assembleia Legislativa. Confira na reportagem de Deividi Lira.
Escola Sem Partido na pauta dos deputados estaduais
O projeto, de autoria do deputado estadual Ricardo Arruda (PSL) e do agora deputado federal Felipe Francischini (PSL), prevê que cartazes sejam colocados nas escolas públicas e privadas do Paraná, determinando limites que não poderiam ser ultrapassados pelos professores para evitar o suposto “doutrinamento” em salas de aula. De acordo com o texto da proposta, os princípios da “neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado” devem ser respeitados pelo educador.
O parlamentar Ricardo Arruda defende que a escola deve ser um ambiente neutro nessas questões.
A proposta, que tramita na casa desde 2016, tem o apoio da bancada evangélica e é uma das bandeiras do grupo político do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro. O projeto entra na pauta da sessão ordinária desta terça-feira. Um dos autores, deputado Ricardo Arruda, disse que está otimista com votação, mas não descarta a possibilidade da oposição pedir prorrogação.
O líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Tadeu Veneri do PT, afirma que cada parlamentar da oposição tem liberdade de votar como quiser no projeto da Escola sem Partido. Ele justificou novamente o voto contrário, alegando que propostas semelhantes em cidades do Paraná e em outros estados já foram derrubadas pelo Supremo Tribunal Federal. Tadeu Veneri afirma que está se preparando para o embate no Plenário.
O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano, considera normal a ação da oposição em buscar mecanismos legais para impedir que o projeto seja votado na Casa.
Repórter Deividi Lira