O sindicato das escolas privadas propôs o retorno gradativo das aulas no estado, principalmente para atender aos pais que precisam trabalhar e aos universitários da área da saúde, que estão com estágios parados. Apesar da Secretaria de Saúde informar que analisaria o pedido, o governador já se manifestou contra a reabertura. Os detalhes com a repórter Amanda Yargas.
Foto: Franklin de Freitas
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná (Sinepe) anunciou nessa quarta-feira que estaria criando um plano de retomada gradativa e segura das aulas, que foi apresentado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Segundo a presidente do Sinepe, Ester Cristina Pereira, o pedido de reabertura gradual se baseia em duas situações. A primeira delas é a necessidade de auxílio aos pais que trabalham.
O outro motivo para a reabertura gradual é que, mesmo com a retomada no segundo semestre, as escolas teriam que adotar medidas preventivas de saúde, segundo a presidente.
A presidente do Sinepe disse ainda que os estágios de estudantes do ensino superior nas áreas da saúde estão parados enquanto os consultórios estão funcionando, o que também vai atrasar a formação destes profissionais.
A Secretaria de Estado da Saúde disse que o ofício vai passar pela análise do secretário Beto Preto, mas que não há prazo para a resposta. No entanto, o governador Carlos Massa Ratinho Junior respondeu a um comentário no Instagram que questionava sobre a reabertura da rede particular de ensino em junho. Ele escreveu: “Não, provavelmente apenas no segundo semestre. Agosto”.
Segundo a presidente, a retomada ajudaria tanto o sistema privado, que depende das mensalidades para manter a estrutura e os funcionários, quanto o sistema público, que pode ficar sobrecarregado na volta da pandemia com a migração dos alunos. Ela lamentou a posição do governador.
Repórter Amanda Yargas