Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná publicaram um estudo que analisa a relação entre alterações nos olhos e o diagnóstico da esquizofrenia.
Por Rodrigo Matana, sob supervisão de Alice Lima – uma parceria Rede AERP de Notícias e Agência Escola UFPR
Dizem que “os olhos são as janelas para a alma”. Pelo olhar, se percebe sentimentos como alegria, tristeza ou raiva nas pessoas. Mas você sabia que os olhos também são uma janela direta para o cérebro?
A retina, que é um tecido fino que reveste a camada de trás do nosso olho, é o único lugar do corpo humano por meio do qual os médicos conseguem observar os neurônios sem precisar abrir o crânio.
Foi a partir dessa observação que pesquisadores da Universidade Federal do Paraná publicaram um estudo que analisa a relação entre alterações nos olhos e o diagnóstico da esquizofrenia.
O trabalho pode abrir caminho para um novo jeito de reconhecer o transtorno, que, segundo a Organização Mundial de Saúde, atinge cerca de 21 milhões de pessoas em todo o mundo e quase 1% da população brasileira.
De acordo com o psiquiatra e professor do Departamento de Medicina Forense e Psiquiatria da UFPR, Raffael Massuda, para chegar ao diagnóstico, o processo dura cerca de seis meses.
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A esquizofrenia é um transtorno mental crônico, ou seja, exige tratamento pelo resto da vida. Alguns sintomas clínicos são delírios, comportamento e discurso desorganizados e alucinações. O professor Massuda explica que, quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances das pessoas com o transtorno terem uma vida com menos dificuldades.
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Já se sabe que, em pacientes com esquizofrenia, ocorre a diminuição do volume do cérebro, que é composto por neurônios. Agora, o que os pesquisadores da UFPR observaram foi que, nas pessoas com essa doença, também acontece a redução do volume da retina – ou seja, ela pode ser um novo indicador da presença desse transtorno mental.
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A pesquisa foi realizada com base nas informações de 70 indivíduos. O próximo passo é descobrir se a redução no volume da retina afeta a função dos olhos nas pessoas com esquizofrenia.
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