Cientista da UFPR coordena e participa do projeto Proantar, que vai contornar o continente mais inóspito da Terra.
Reportagem e produção Alice Lima. Supervisão: Maíra Gioia. Uma parceria Aerp e Agência Escola UFPR.
Desde de o dia 22 de novembro, uma equipe de 61 cientistas de diversos países está a bordo de um navio quebra gelo russo em direção à Antártida.
A cientista Camila Carpenedo, que é professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutora em Ciência, além de coordenadora do projeto Proantar, também embarcou no navio que vai contornar o continente mais inóspito do planeta Terra.
A pesquisa de Camila estuda a relação entre ciclones extratropicais, que atingem regiões da América do Sul e o gelo marinho.
Para a análise dessa relação entre os fenômenos, a equipe faz o lançamento de balões meteorológicos com radiossondas acopladas.Esses equipamentos podem chegar a 30 km de altura e são responsáveis por coletar dados sobre as características da atmosfera, como temperatura do ar, umidade, velocidade do vento e pressão atmosférica.
A cientista explica sobre as radiossondas que já foram lançadas.
Sonora
A rotina no navio é simples e se resume em coletar dados e amostras, se alimentar e descansar para o próximo dia.
Camila relata que apesar da facilidade com o dia a dia dentro do navio, a constante mudança de fuso horário dificulta a adaptação dos pesquisadores. Como a expedição dará a volta no continente, o navio irá passar por todos os fusos horários, além disso, durante o verão no polo sul, o sol não se põe durante as 24 horas do dia, e segundo a pesquisadora, isso também bagunça o relógio biológico dos tripulantes. Até o final da expedição, Camila e equipe irão fazer o lançamento de mais 30 radiossondas em diversos pontos estratégicos para a compreensão das frentes frias.