Falta de leitos, anestésicos e outros insumos e equipamentos compromete a realização das cirurgias cardiovasculares no país. A situação ainda está controlada no Paraná, mas entidade própria defende que é questão de tempo até que o problema atinja o estado.
Cerca de 60 mil pessoas estão aguardando para fazer cirurgia cardiovascular no Brasil. O número é uma estimativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), tendo em vista a quantidade normal de cirurgias realizadas no país em um período de um ano, que é de aproximadamente 100mil, e o total de cirurgias deste tipo realizadas no ano passado, que não chegou a 40mil.
A pandemia impactou fortemente em pelo menos 3 fatores que afetam a realização das cirurgias de coração, como explica o presidente da SBCCV, Eduardo Rocha.
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Segundo ele, além da grande demanda de medicamentos para atender os pacientes covid, a alta do dólar impactou o custo e a importação de insumos. No entanto, mudanças na tributação fizeram com que, inclusive equipamentos e insumos produzidos no país tivessem aumento de preço. A pior situação é registrada neste momento nos estados de Minas Gerais e Goiás, mas o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular considera que o Paraná pode enfrentar problemas similares em breve.
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De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, a suspensão de cirurgias eletivas acontece em momentos nos quais o número de contaminados e, por consequência, pacientes de covid precisando de atendimento médico, sobe muito e é necessário uma dedicação maior de estrutura para atender esta demanda. Mas o chefe de gabinete da secretaria, César Neves, disse que em nenhum momento as cirurgias cardiovasculares, mesmo que eletivas, foram impedidas no Paraná.
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Amanda Yargas