O Brasil já tem mais semanas de escolas fechadas do que outros países da OCDE. Entenda quais as repercussões na reportagem de Amanda Yargas.
A OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, divulgou esta semana uma análise sobre os impactos da pandemia na Educação em todo o mundo. O relatório traz dados referentes a 37 países que fazem parte da Organização, além de 9 parceiros, incluindo o Brasil.
O levantamento realizado até o mês de junho mostrou que o Brasil enfrenta mais semanas de escolas fechadas do que a média de países desenvolvidos. Foram 16 semanas por aqui, contra uma média de 14 semanas.
A reabertura das escolas brasileiras trará desafios específicos para o país, como manter o distanciamento social em turmas com mais alunos que a média dos demais países e organizar o trabalho de professores. Mas, na esfera pedagógica, o maior deles será lidar com a heterogeneidade dos alunos, já que o acesso às ferramentas digitais, o ambiente de estudo, e as dificuldades de aprendizado enfrentadas durante a pandemia são muito diferentes entre os alunos. Para isso as escolas vão precisar analisar caso a caso, retomar conteúdos e criar estratégias. De acordo com a gerente pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, Milena Fiuza, este é um desafio que precisa de planejamento, mas que pode ser contornado.
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O relatório também aponta que os efeitos desse hiato educacional serão sentidos ao longo de décadas e o impacto sobre o PIB mundial pode ser de 1,5% até o final do século. A coordenadora considera que esta projeção se baseia principalmente na parada dos cursos técnicos e universitários.
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Amanda Yargas