Foto: Felipe Henschel /AEN Com queda do desmatamento e novas iniciativas, como o Banco Verde lançado pelo Paraná, estados reforçam compromissos ambientais e alinham propostas para a COP-30
Por Flávia Consoli
Os governadores dos estados das regiões Sul e Sudeste apresentaram os avanços nas ações de preservação da Mata Atlântica durante o 13° encontro do Consórcio de Integração Sul-Sudeste (Cosud), realizado nesta terça-feira (18), no Teatro Guaíra, em Curitiba. O evento também marcou a abertura da Conferência da Mata Atlântica e reuniu os governadores do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior; do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; do Espírito Santo, Renato Casagrande; do Rio de Janeiro, Claudio Castro; de Minas Gerais, Romeu Zema; além dos vice-governadores de São Paulo, Felício Ramuth; e de Santa Catarina, Marilisa Boehm. A Mata Atlântica é o bioma predominante nas regiões que integram o consórcio e, em nível nacional, se estende por 17 estados, abrigando mais de 70% da população brasileira e respondendo por 80% do PIB do País. O governador Ratinho Junior destacou que a ideia do Cosud é avançar nas discussões sobre o bioma, consolidando propostas na Carta de Curitiba
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Entre os resultados já obtidos estão o plantio de 35 milhões de mudas nativas, o monitoramento por satélite das áreas de mata, políticas de compensações financeiras por áreas preservadas, estímulo à educação ambiental e a criação de novas Unidades de Conservação. Dados do MapBiomas Alerta apontam que o desmatamento caiu de 29 mil hectares por ano (2021 e 2022) para 13 mil hectares anuais (2023 e 2024). O governador Eduardo Leite ressaltou que ações conjuntas entre os estados fortalecem tanto a proteção ambiental quanto a resposta às emergências climáticas
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Os governadores também defenderam que as discussões regionais sejam levadas à COP-30, em novembro, em Belém do Pará. Para o capixaba Renato Casagrande, é importante que o encontro mundial não se restrinja à Amazônia, mas abra espaço para debater todos os biomas brasileiros
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Durante o encontro, o Paraná lançou o Banco Verde, iniciativa para financiar projetos socioambientais ligados à economia de baixo carbono e à biodiversidade. A expectativa é destinar entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões por ano, sendo que 20% do montante irá para o Fundo Estadual de Meio Ambiente. Uma parte dos recursos será voltada ao Pagamento por Serviços Ambientais, beneficiando pequenos produtores rurais que preservam ecossistemas naturais em suas propriedades.