Governos estadual e federal discutiram proposta para nova concessão de pedágio no Paraná. Modelo do Governo Federal vem sendo criticado na Assembleia Legislativa.
O Governo do Estado se reuniu nesta segunda-feira com o Ministério da Infraestrutura para discutir o novo modelo de concessão das rodovias paranaenses. A reunião contou com a participação de representantes do setor produtivo de deputados federais. Segundo a proposta, mais 834km vão fazer parte do Anel de Integração e mil e 700 km devem ser duplicados nos próximos 7 anos. Segundo o governo federal, os valores pagos pelos usuários vai ter redução de 25 a 67%, dependendo da praça.
O assunto, no entanto, tem sido muito debatido na Assembleia Legislativa. Os deputados estaduais defendem que a única forma de garantir uma tarifa justa é pela concessão de menor preço, sem a taxa de outorga prevista pelo governo Bolsonaro. Segundo a Frente Parlamentar do Pedágio, que reúne deputados da oposição e inclusive da base do governo estadual, há um limite para o desconto que as participantes do leilão podem dar na tarifa. A quantidade de praças vai aumentar e, com isso, a mudança de preço não vai ser tão grande. O projeto também prevê a divisão em 6 lotes, 2 a menos do que o modelo atual. Há ainda um levantamento sendo preparado para ser enviado ao Ministério Público, com dados sobre as duplicações previstas no plano que já faziam parte da atual concessão e não foram cumpridas.
Audiências públicas estão sendo preparadas em todo o estado. As audiências de apresentação da proposta começam na próxima terça-feira e vão ser transmitidas ao vivo pelo site da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Já as audiências que apresentam as críticas ao projeto ainda não tem data confirmada pela Frente Parlamentar do Pedágio.
Amanda Yargas