O Porto de Paranaguá já sabe quando chega o último navio vindo da Rússia com fertilizantes para abastecer o agronegócio paranaense. A partir daí a retomada do comércio com a região, inclusive com a Ucrânia é uma incógnita. E o recebimento, o envio e os pagamentos da região para empresas paranaenses vão depender do que estava estipulado em contrato. Os detalhes na reportagem de Amanda Yargas.
por Amanda Yargas
A situação geopolítica no leste europeu, com o ataque russo à Ucrânia deve impactar a economia paranaense. Para se ter uma ideia, em 2021, entraram pelo Porto de Paranaguá mais de 971 milhões de dólares em produtos russos. Já os produtos enviados com destino ao país euroasiático, somaram 228 milhões de dólares. A Ucrânia também tem representatividade nas movimentações do porto no nosso litoral, e comprou mais do que vendeu por aqui. No ano passado, os ucranianos foram responsáveis por mais de 4 milhões de dólares em importações e 31 milhões em exportações. Se não ficar resolvida em breve, a questão geopolítica pode alterar as rotas de produtos para além do tempo de conflito, como explica o diretor de operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.
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A questão dos fertilizantes é uma das mais preocupantes já que 20% do que chega ao Paraná vem da Rússia. O produto é utilizado em diversas cadeias produtivas do estado que tem o setor agrícola como um dos pilares econômicos. De acordo com o diretor de operações, o último navio que partiu da região com destino ao Paraná carregado com fertilizantes chega no dia 15 deste mês.
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A dificuldade de transporte entre os portos por conta de uma guerra é considerada um motivo de força maior para interromper um contrato. No entanto, segundo o advogado Frederico Glitz, isso não está previsto na legislação de todos os países e, por isso, casos como esse devem ser previstos em contrato.
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A Rússia enfrenta também bloqueios financeiros que podem dificultar pagamentos à contratos internacionais.