Homem é denunciado por crime de tortura e racismo contra o próprio filho
Decisão da Justiça garante que o Estado forneça tratamento para criança com autismo no litoral
Fiscalização no Paraná identifica problema em tacógrafos de um em cada cinco caminhões ou ônibus
As informações com Mauro Contti
Um morador de Iracema do Oeste, no oeste do Paraná, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná, acusado de praticar os crimes de tortura e racismo contra o próprio filho, um menino negro de apenas 12 anos. A denúncia aponta episódios de graves violências físicas e psicológicas praticadas pelo pai contra a criança, que incluem muitas agressões corporais, afastamento da escola, além de trabalhos domésticos forçados. De acordo com as investigações, o agressor também chamava o filho de “macaco”, entre outras ofensas, além de ameaçá-lo de morte. A criança foi acolhida em instituição, como medida de proteção. O acusado encontra-se preso preventivamente há 30 dias.
A Defensoria Pública do Estado do Paraná recebeu decisão favorável a um pedido de acesso gratuito a tratamento médico para uma criança de três anos de Pontal do Paraná, no Litoral do estado. O menino Heitor de Souza Novak tem Transtorno do Espectro Autista e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, e precisava de uma medicação não fornecida pelo SUS. A decisão judicial deu 15 dias para que o estado do Paraná forneça o serviço. Dessa forma, Heitor terá acesso a sessões de psicoterapia comportamental, terapia ocupacional e fonoterapia semanalmente, um tratamento avaliado em mais de 7 mil reais.
Uma operação do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná e do Batalhão de Polícia Rodoviária fiscalizou ontem os tacógrafos de caminhões e ônibus na Rodovia dos Minérios, na Região Metropolitana de Curitiba. Dos 50 veículos vistoriados, pelo menos dez estavam irregulares. O aparelho é obrigatório em veículos de grande porte para registrar a distância, a velocidade e o percurso. Ele indica se o motorista conduziu o veículo por muitas horas seguidas e o trajeto percorrido. A fiscalização foi motivada pelo acidente no último dia 20, com um ônibus da torcida do Corinthians, em Minas Gerais. A última verificação do tacógrafo do veículo havia sido feita há três anos.