Vacina contribui para baixar a incidência das doenças provocadas pelo HPV na maturidade, segundo especialista.
Por Fernanda Nardo
O HPV papilomavírus humano, nome genérico de um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes, no qual, 14 deles podem causar câncer. O HPV pode provocar a formação de verrugas na pele e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais etc.), anal, genital e da uretra. As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer de colo do útero e do pênis, e de baixo risco (não relacionadas ao câncer). A transmissão se dá predominantemente por via sexual. Estima-se que 80% dos adultos contraem o HPV antes dos 35 anos. Por isso, a OMS (Organização Mundial de Saúde) colocou a meta ambiciosa de vacinar 90% das meninas com 15 anos de idade até 2030, conforme explica a médica Heloisa Garcia Giamberardino.
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A vacina contra o HPV está disponível gratuitamente pelo Sistema único de Saúde (SUS) para meninas e meninos de 9 a 14 anos, com esquema de 2 doses. O alvo das campanhas são os adolescentes porque há um pico da infecção entre os 18 e os 25 anos de idade, quando muitos deles iniciam a vida sexual, destaca a médica.
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Conforme a Agência Aids, estudos científicos mostram que, principalmente nos países da América Latina, há um segundo pico de HPV em mulheres acima de 35 anos. Por isso, segundo a médica, não há dúvida de que a vacina também contribui para baixar a incidência das doenças provocadas pelo HPV na maturidade, inclusive, em pessoas com vida sexual ativa.
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Na Rede Pública, a vacina contra o HPV também é aplicada em pacientes imunossuprimidos de até 45 anos. Pessoas na mesma faixa etária que não têm problemas com a imunidade precisam recorrer à rede privada.