Com melhor custo benefício, procura por GNV aumentou, mas instalações irregulares e falta de manuutenção colocam em risco motoristas e passageiros.
por Amanda Yargas
O volume de gás natural veicular (GNV) distribuido aos postos de combustíveis no último mês de setembro pela Companhia Paranaense de Gás foi 25% maior do que no mesmo período do ano passado. O crescimento vem na esteira do aumento do etanol e da gasolina, já que o gás é mais barato e mais eficiente, como avalia o gerente comercial da Compagas, Mauro Melara.
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Só que o custo de conversão do veículo para rodar com GNV ainda é relativamente alto, varia entre 2mil e 500 a 4 mil reais. Após a conversão, o sistema ainda deve ser validado no Detran, ao custo de 450 a 500 reais. A cada cinco anos o cilindro de gás deve passar por requalificação, para garantir que ainda mantém as condições de armazenamento do combustível. Outros componentes precisam ser checados anualmente, com o custo aproximado entre 300 e 350 reais. Apesar de as taxas pesarem no bolso dos proprietários, são essas checagens que garantem a segurança do sistema.
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De acordo com a Associação Paranaense dos Organismos de Inspeção Veicular, 37,5 mil veículos estão convertidos para o sistema GNV no Paraná e mais da metade deles (55%) não estão em dia com as vistorias.
Além do risco à segurança, o atraso pode gerar outros problemas para o proprietário. No caso de uma venda, por exemplo, não é possível fazer a transferência de titularidade com a vistoria atrasada e taxas ou multas do novo proprietário podem acabar na conta do proprietário antigo.