A Justiça do Paraná decretou o bloqueio de bens do ex-governador Beto Richa e dos deputados Plauto Miró, Valdir Rossoni e de outros 11 investigados na Operação Quadro Negro. A liminar, concedida pela Justiça, determina o bloqueio de até 27 milhões de reais em bens de Beto Richa. Plauto Miró e Valdir Rossoni também devem ter 27 milhões bloqueados. Somando os bens bloqueados de Richa e dos outros investigados, o valor total passa de 265 milhões de reais. O bloqueio de bens considera eventual dano material, dano moral coletivo e multa civil. Todos foram denunciados em ação de improbidade administrativa movida pelo Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa, do Ministério Público do Paraná. A ação apura desvios de verbas públicas de escolas sob responsabilidade da Secretaria de Estado da Educação entre os anos de 2012 e 2015. A ação diz respeito a aditivos contratuais assinados pelo ex-governador Beto Richa, com envolvimento dos deputados Rossoni e Plauto. As constatações do Ministério Público evidenciam a prática de atos de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. Segundo o Ministério Público, Richa alterou o sistema de controle e fiscalização de obras. Ele transferiu competências, que antes eram da Secretaria de Obras para a Secretaria da Educação, e diretamente para o órgão executor dos convênios de construção que eram sob a diretoria de Maurício Fanini, quem foi delator da operação. A Operação Quadro Negro investiga desvios de 30 milhões de reais da construção e reforma de escolas estaduais.