Antes mesmo de entrar em vigor, método contraceptivo cresce no SUS.
Informações com Fernanda Nardo
A partir de março, passam a valer as mudanças na lei do planejamento reprodutivo, 14.443/2022, que reduziram para 21 anos a idade mínima para que mulheres se submetam à laqueadura tubária e derrubaram a exigência de autorização do parceiro. Antes mesmo da medida, o método contraceptivo já crescia no SUS. De 2019 até outubro de 2022, foram realizados quase 19 mil procedimentos de laqueadura e outros 25 mil procedimentos de parto cesariano com laqueadura tubária pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme o Ministério da Saúde. Esse é o maior número da série, que começou em 2008. O patamar era de cerca de 65 mil laqueaduras anuais até 2017, mas o ritmo cresceu. Desde então, enquanto a população feminina na média de idade fértil variou 1,5%, esses procedimentos aumentaram 40% no país. O crescimento do número de laqueaduras foi maior na região Norte, onde os procedimentos mais que dobraram entre 2016 e 2022. Eles passaram de 4,3 mil para 8,9 mil no período. Em seguida, o Nordeste apresentou aumento de 66%, saltando de 15,8 mil para 26,5 mil. Nos estados do Centro-Oeste, a variação foi de 56%; no Sudeste, de 25%; e no Sul, de 11%.