Entre 2014 e 2018, Paraná teve queda de 16% em embarques nos aeroportos do estado. Com a baixa no número de voos, o estado deve avaliar a isenção fiscal para a aviação. Deividi Lira tem detalhes.
Em 2014 o número de decolagens domésticas e internacionais realizadas a partir dos aeroportos paranaenses foi de 57.223. Em 2018 caiu para 48.051. A queda de 16% foi acompanhada pelo aumento no preço das passagens. Nas 128 principais linhas dos aeroportos de Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Cascavel, foi registrado um aumento no valor da passagem ou interrupção do serviço em 103 delas, o que equivale a 80% do total das linhas analisadas. Em Curitiba, o Aeroporto Internacional Afonso Pena, o maior do estado, os aumentos chegaram a 201% no voo para Viracopos, em Campinas, e 160% na linha para Londrina.
Todos esses números estão em um levantamento feito pela equipe técnica do gabinete do deputado estadual Homero Marchese do PROS. O estudo levou em consideração os estados do sul e sudeste do país. Ao lado de Minas Gerais e Rio de Janeiro, o Paraná foi um dos mais prejudicados. Para o parlamentar, o cenário negativo tem duas explicações.
De acordo com o deputado Homero Marchese, a situação no Paraná pode piorar se medidas não forem tomadas pelo governo, já que outros Estados têm adotado planos para estimular a atuação das companhias áreas. Ceará, Bahia, São Paulo e Espírito Santo anunciaram cortes no ICMS do querosene de aviação. O levantamento aponta que em 2015, o Paraná elevou a tarifa do imposto cobrado sobre o querosene de 7% para 18%. De acordo com o deputado, o governo paranaense precisa pensar com urgência em um plano para fortalecer a aviação no estado.
Repórter Deividi Lira