Os paranaenses estão vivendo mais e com isso as quedas estão se transformando em uma das maiores causas de morte entre os idosos. E os riscos maiores estão dentro de casa, onde o ambiente deve ser preparado para evitar acidentes. Confira na reportagem de Amanda Yargas.
Foto: Portal Caparaó
A morte de Gugu Liberato, que sofreu uma queda em casa quando realizava um pequeno concerto, chamou a atenção para o risco que pequenos acidentes podem trazer, principalmente para os idosos.
Uma pessoa de 65 anos tem uma chance de 20 a 30% de queda em um ano. Para uma pessoa de 85 anos, a chance de cair salta para 50% no mesmo período. De todas as quedas, 30 a 40% tem consequências graves, como um traumatismo craniano ou uma fratura com necessidade de cirurgia.
Desde o ano 2000, as mortes por quedas aumentaram 258% no Paraná. E um dos fatores que está contribuindo para esse aumento é que os paranaenses estão vivendo mais. Segundo o IBGE, apenas entre 2014 e 2018 a expectativa de vida de quem nasce no estado foi de 76 para 77 anos. E isso explica o aumento do número de quedas como causa de morte.
Segundo o ortopedista Guilherme Bello as quedas na rua podem ser evitadas com alguns cuidados simples, como não ter pressa e prestar atenção a buracos, fios ou outros obstáculos. Mas o maior cuidado deve ser dentro de casa, já que essas são as quedas mais comuns, cerca de 70%, e que trazem consequências mais graves. O ortopedista fala sobre o que se deve prestar atenção no ambiente doméstico para evitar acidentes.
Os idosos devem ter o acompanhamento de um médico da família, seja ele um clínico geral, um geriatra ou mesmo um ortopedista que possa analisar as interações entre os medicamentos, e se elas oferecem algum risco ao paciente. Além de todos esses cuidados, o ortopedista ressaltou que a prática de exercícios físicos é muito importante, porque o idoso que se mantém ativo tem 50% menos chance de sofrer uma queda. Guilherme Bello dá dicas de como escolher uma atividade.
Repórter Amanda Yargas