MP se posiciona contra a decisão do Governo Estadual de não renovar decreto sobre Covid-19. As informações com Amanda Yargas.
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O Ministério Público do Paraná se posicionou contrário à decisão do governo do estado em não dar continuidade a ‘quarentena restritiva’. O decreto estadual previa medidas em oito regionais de saúde do estado, atingindo 141 municípios. Ao todo, o Ministério Público apontou sete indicativos que o governo deveria ter considerado para basear a decisão. O órgão considerou que seria preciso apresentar dados como a diminuição do número de casos e estatísticas que comprovassem maior engajamento da população com o isolamento, por exemplo. O MP teme que a decisão agrave a situação epidemiológica por passar a falsa sensação de ter a doença sob controle.
O Campeonato Parananense deve retornar a partir do próximo sábado. A decisão foi confirmada nesta quinta-feira durante videoconferência que reuniu o governador Carlos Massa Ratinho Junior e o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, o presidente da FPF, Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury, e representantes dos clubes. As partidas vão acontecer sem público e o acesso aos estádios será restrito aos atletas, comissões, organizadores e profissionais da imprensa. As partidas deste fim de semana serão realizadas em Ponta Grossa, Cornélio Procópio e Cianorte.
Um estudo publicado em uma revista científica internacional apontou que 124 mulheres gestantes ou que estavam no período do puerpério, ou seja até 42 dias após o parto, morreram de Covid-19 no Brasil. Esse número representa 77% das mortes registradas no mundo todo. Ou seja,a quantidade de mortes de mulheres grávidas e no pós parto por aqui supera em 3 vezes o número de mortes delas em todos os outros países do mundo somados. A pesquisa foi realizada por um grupo de enfermeiras e obstetras brasileiras ligadas a Unesp, UFSCAR, IMIP e UFSC. Como fatores que levaram a esta situação foi apontado o atendimento pré-natal de baixa qualidade, a falta de recursos para cuidados críticos e de emergência, as diferenças raciais no acesso aos serviços de maternidade, a violência obstétrica e as dificuldades adicionais impostas pela pandemia para o acesso aos serviços de saúde no Brasil.