
Pesquisa paranaense explica como fenômenos intensos podem impactar as plantas.
Por Artur Lira, sob supervisão de Elson Faxina. Uma parceria Aerp e Agência Escola UFPR.
As áreas de floresta ocupam 58% do território brasileiro, de acordo com a rede Mapbiomas, e podem ser severamente afetadas pelas mudanças climáticas. Muito associadas ao aumento da temperatura, essas alterações não só elevam o calor do planeta, como também intensificam a quantidade de eventos como chuvas intensas e temperaturas congelantes.
No Brasil e no mundo, essas ocorrências podem ser um desafio para a manutenção das florestas, para a vida dos animais, produção de alimentos e conservação da água nos rios. O pesquisador da Universidade Estadual do Oeste do Paraná Halley Caixeta, membro do Núcleo de Arranjos de Pesquisa e Inovação em Emergências Climáticas, explica como fenômenos intensos podem impactar as plantas:
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Através dos poros, as plantas captam o gás carbônico que, em combinação com a água e a fotossíntese, formam o açúcar, que a alimenta. No entanto, ela transpira por esse mesmo poro e, dependendo das condições climáticas, diferentes espécies reagem de maneira distinta, como é o caso da embaúba e da peroba.
A embaúba cresce muito rápido por manter seus poros abertos, mas desidrata mais facilmente. Já a peroba fecha rápido os seus poros quando encontra condições adversas e por isso consegue se preservar melhor. No entanto, demora mais tempo para crescer. A partir dessa compreensão, a pesquisa do professor Halley trabalha com plantas agrícolas e árvores presentes na Mata Atlântica.
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Preocupado com essas questões, o pesquisador apresenta três tipos de soluções baseadas na natureza para fortalecer as defesas das plantas. Halley explica que, em uma floresta, a planta vive em associação com vários microrganismos, bactérias e fungos, e isso pode ajudar.
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Além disso, o pesquisador trabalha com nanotecnologia para entregar compostos químicos que auxiliam a vegetação, como o óxido nítrico.
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A terceira possibilidade apontada é uso de materiais biodegradáveis.
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Com essas medidas, é possível ajudar espécies ameaçadas de extinção, contribuir com mudas melhores para a agricultura e até preservar os rios com a manutenção das matas que ficam à margem.
Agência Escola UFPR – Um projeto da Universidade Federal do Paraná que conecta ciência e sociedade. Para apresentar aos públicos as pesquisas da UFPR, produz conteúdos em vários formatos, como matérias, reportagens, audiovisuais, eventos e muito mais.