Nos últimos 50 anos, o número de desastres registrados aumentou cinco vezes; alta é resultado em parte da ação humana sobre o clima.
Por Fernanda Nardo
As pessoas que vivem na África, Sul da Ásia, América do Sul e Central e nos pequenos Estados Insulares têm 15 vezes mais probabilidade de morrer de desastres relacionados ao clima, destacou o secretário-geral da ONU, Organização das Nações Unidadas, António Guterres. Na ultima terça, a ONU convocou um painel de líderes de agências da organização, bancos de desenvolvimento, organizações humanitárias, sociedade civil e empresas para catalisar esforços políticos, tecnológicos e financeiros para garantir que avisos precoces contra desastres possam beneficiar a todos. Durante a reunião, o secretário-geral enfatizou a meta de que todos os países possam contar com sistemas de alerta até 2027. Os dados apontam que a nível global, metade dos países não dispõe de esquemas efetivos de alerta. Uma quantidade ainda menor de nações tem processos regulatórios conectando avisos precoces com planos de emergência. De acordo com o levantamento da ONU, nos últimos 50 anos, o número de desastres registrados aumentou cinco vezes. A aceleração é resultado em parte da ação humana sobre o clima. Na falta de ações preventivas, o número de desastres de média e alta escala pode chegar a 560 por ano, ou 1,5 por dia, até 2030.