Essa é a taxa mais alta desde 2012; a lacuna se intensificou durante a pandemia de covid-19 e as crianças mais pobres, pretas e pardas são a maioria das que não foram alfabetizadas na idade certa.
Por Fernanda Nardo
De acordo com o IBGE, 41% das crianças de seis e sete anos no Brasil não estão alfabetizadas, o que representa 2,4 milhões de crianças. A taxa é a mais alta desde 2012, quando 28% das crianças nessa faixa etária não sabiam ler e escrever. Em comparação com 2019, antes da pandemia, o aumento foi de 65,6%. Segundo a coordenadora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Angela Biscouto, esse período entre seis e sete anos é quando se privilegia o processo de alfabetização, mas precisamos lembrar que sempre é tempo de aprender.
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Em 2019, antes da pandemia, o índice de crianças entre seis e sete anos que não sabiam ler e escrever era de cerca de 25%, segundo o IBGE. O aumento se deu durante a pandemia de covid-19 e as crianças mais pobres, pretas e pardas são a maioria das que não foram alfabetizadas na idade certa. Entre esses grupos, o índice chega a 44,5%, enquanto, entre crianças brancas, ele é de 35,1%. De acordo com a pedagoga, a alfabetização é apenas uma parte de um processo muito maior, que é o processo de letramento. Ela não é fruto apenas do que a criança vive nesse período escolar.
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Para a especialista é preciso que exista de investimento financeiro, de trabalho, de tempo nos processos, para avançar e aos poucos mudar esse cenário no Brasil.
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