Foto: Daniel Caron/DPE-PR Relatório inédito da Defensoria Pública reúne denúncias de violência obstétrica no Paraná e mostra aumento nos registros, apontando a importância de garantir acolhimento e proteção às mulheres durante a gestação, o parto e o pós-parto
Por Flávia Consoli
A Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE) concluiu o primeiro relatório do Observatório de Violência Obstétrica, reunindo denúncias feitas entre 2022 e 2024. O levantamento, elaborado pelo Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (NUDEM), traça o perfil das vítimas, os tipos de violência relatados e aponta estratégias de enfrentamento em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde e outras instituições. Houve crescimento de 59% das denúncias entre o primeiro e o segundo ano. Moradoras de 29 municípios paranaenses participaram dos registros, que agora se tornam base para novas ações da Defensoria. Mariana Nunes, Defensora Pública e Coordenadora do NUDEM, explica a importância do relatório e como esse trabalho busca dar visibilidade às denúncias e garantir a defesa dos direitos das mulheres em período gestacional
SONORA
A defensora lembra que o canal do Observatório segue aberto permanentemente para receber denúncias, com sigilo garantido e acesso gratuito ao atendimento jurídico e psicossocial da Defensoria. Além disso, mulheres que desejarem podem levar o caso à Justiça, com acompanhamento especializado. Atualmente, o NUDEM já move 14 ações de indenização em defesa das vítimas, reforçando o compromisso de transformar cada denúncia em passo concreto no enfrentamento à violência obstétrica no Paraná. Mulheres que sofreram violência obstétrica e buscam apoio ou orientação jurídica podem registrar o caso no formulário para registro de violência obstétrica, da Defensoria Pública do Paraná.