
A maior estiagem do último século está afetando a disponibilidade de energia elétrica e aumentando a inflação no Brasil. Amanda Yargas entrevistou um professor do curso de Engenharia Elétrica da UFPR que defende que o país tinha condições de ter se preparado nos últimos 10 anos para a seca e a dificuldade energética que enfrenta agora e que é preciso diversificar a produção.
Os brasileiros estão pagando o maior valor previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pelo consumo de luz. Isso porque, com nível baixo dos reservatórios de água em todo o país e a entrada no período de seca, as usinas termoelétricas precisaram ser acionadas. De acordo com o professor do curso de Engenharia Elétrica da UFPR, Clodomiro Vila, a crise hídrica e seu impacto na produção energética vão provocar neste ano um aumento de 9 bilhões de reais até o mês de outubro no valor pago pelos consumidores finais e afetar a economia do país.
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Ele defende que o Brasil poderia ter se preparado melhor para este momento, já que a diminuição da quantidade de chuvas já pode ser sentida há uma década. Uma das alternativas seria a produção elétrica de pequena escala pelos próprios consumidores, com a utilização de fontes renováveis, como a energia solar e eólica de pequeno porte.
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No entanto, o professor Clodomiro Vila lembra que mesmo que haja preferência pelas fontes limpas de produção, as termelétricas têm sido um recurso importante nesse momento de crise. E reforça a necessidade de preparar o sistema para o futuro.
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Amanda Yargas