Operação Peça Chave revela mais um esquema milionário de corrupção no estado.
A operação Peça Chave mostra mais um esquema milionário de corrupção instalado no âmbito do governo do estado.// As oficinas responsáveis pela manutenção de veículos do governo superfaturavam os serviços prestados em viaturas das polícias e até mesmo em ambulâncias.// A maioria dos serviços era superfaturada em 577%, mas a polícia civil mostrou que em alguns casos peças usadas nos veículos foram compradas com superfaturamento de 2.400%, o equivalente ao preço de 24 itens, era pago em apenas uma peça que eram oriundas de desmanches de carros e cobradas como originais.//
De acordo com o delegado Guilherme Luiz Dias, que trabalha na Divisão de Combate à Corrupção na capital, para comprovar a situação os investigadores desmontaram alguns dos carros revisados da própria polícia e de outras secretarias e identificaram que as peças trocadas nunca foram novas.// Entre as fraudes, também havia o direcionamento de serviços para oficinas específicas, credenciadas pela organização criminosa. Segundo indícios, pelo menos 15 oficinas receberam quantias milionárias, sendo que uma delas teria a própria JMK como sócia-proprietária oculta.
O chefe da Divisão de Combate à Corrupção e responsável pela investigação, delegado Alan Flore explica que a investigação exigiu empenho de equipes em todo o Paraná.
As investigações apontam que as atividades criminosas envolviam os proprietários da empresa JMK e um grupo estruturado de dezenas de pessoas que contribuíam, principalmente, para fraudar orçamentos. As fraudes começaram em 2015, quando a JMK foi contratada pelo Estado, após vencer um pregão presencial com a obrigação de realizar a manutenção da frota do Estado.
O Governo do Estado informou que prepara uma concorrência pública para escolha de uma nova empresa que deverá prestar serviços de manutenção de veículos oficiais.
Repórter Ligia Gabrielli