Foto: AEN A pandemia da Covid-19 veio para transformar as formas das relações pessoais, de trabalho, mas vai deixar também muitas marcas. Na educação não será diferente. Especialista comenta que o período é fundamental para que a população possa enxergar os problemas estruturais no setor. Saiba mais na reportagem de Grasiani Jacomini.
A pandemia da Covid-19 vai deixar marcas em toda a população. Marcas nas famílias que perderam seus entes queridos, marcas na saúde mental e física, marcas para os empreendedores que estão se reinventando na crise financeira. Entre tantos setores e tanta dificuldade enfrentada, a educação não deve sair ilesa.
Já parou para pensar de que formas a escola pública brasileira poderá absorver os impactos e as lições da pandemia?
De acordo com um levantamento, chamado de “Educação em Pausa”, feito pelo Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 4 milhões de estudantes brasileiros estavam sem acesso a nenhuma atividade escolar em 2020.
Outro estudo, TIC Educação 2019, mostra que 40% dos alunos de escolas públicas no Brasil não têm computador ou internet em casa.
O problema estrutural na educação, segundo Angela Biscouto, consultora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil, já era um fato antes mesmo da pandemia. O que mudou foi a forma de ver e entender as questões.
SONORA 1
Ela observa que a tão sonhada mudança na educação tem gatilho agora, neste período de pandemia e que os problemas não serão solucionados do dia para a noite.
SONORA 2
Em termos de políticas públicas, será necessário, segundo Angela, que as novas contemplem as marcas deixadas pela pandemia nas escolas, tanto no transporte, merenda, acesso, quanto na permanência escolar.
SONORA 3
Acolher as necessidades dos alunos, professores e de todas as comunidades escolares é um dos caminhos para a construção de um ensino com mais equidade no Brasil, de acordo com a especialista.
Repórter Grasiani Jacomini