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Papa Francisco: um legado de fé, união e compaixão. Líder da Igreja Católica morre aos 88 anos e comove o mundo

Por Redação. Publicado em 21/04/2025 às 12:59.

Com a morte do Papa Francisco, o mundo se despede de um líder que marcou a história da Igreja com simplicidade, coragem e compaixão. O Vaticano se prepara para os ritos solenes de despedida e o início do processo de escolha do novo pontífice

Por Flávia Consoli

O mundo amanheceu comovido com a notícia da morte do Papa Francisco. Líder espiritual de mais de um bilhão de católicos, Jorge Mario Bergoglio partiu deixando um legado de humildade, coragem e profunda humanidade. Primeiro Papa latino-americano da história, Francisco não apenas representou uma mudança geográfica na liderança da Igreja, mas um verdadeiro marco espiritual, conduzindo seu papado com os olhos voltados aos que mais sofrem. Desde que assumiu o pontificado em 2013, Francisco foi símbolo de simplicidade e proximidade. Escolheu viver na Casa Santa Marta, dispensando o luxo do Palácio Apostólico. Assinou encíclicas que chamaram atenção para temas urgentes como a crise climática, a desigualdade social e a cultura do descarte. Com palavras firmes e gestos acolhedores, desafiou o mundo a enxergar o outro com empatia, promovendo uma Igreja mais aberta, misericordiosa e em constante diálogo. Francisco tocou o coração dos fiéis ao priorizar os marginalizados, ao visitar presídios, lavar os pés de migrantes, e abraçar causas sociais e minorias, que pareciam esquecidas. A força do seu papado esteve justamente no resgate da essência do Evangelho: amor, escuta e compaixão. Um Papa que rompeu muros e construiu pontes — entre religiões, povos e ideias. Sacerdotes de todo o Paraná expressam suas condolências e admiração pelo exemplar papado. Pe. Francisco de Assis dos Anjos, Pároco da Paróquia São Marcos, em Curitiba lembra que o Papa colocou a Igreja em saída, próxima àqueles que mais necessitavam

SONORA 

Pe. Emerson Lipinski, sacerdote paranaense da Diocese de São José dos Pinhais que vive em Roma, recorda que Francisco ensina que a verdadeira fé caminha lado a lado com a justiça. Para ele, foi um Papa profundamente marcado pela misericórdia, que conduziu a Igreja com ternura e coragem, em tempos difíceis de pandemia e guerra, sempre atento aos clamores do mundo

SONORA 

A Arquidiocese de Curitiba, assim como comunidades católicas em todo o Paraná, presta homenagens a este líder que não apenas falou de Cristo, mas o viveu em cada gesto. Ao longo do dia, padres e fiéis devem se reunir em orações e missas em memória de Francisco, celebrando sua vida e missão. Nesta manhã, o Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, fez um pronunciamento na Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, e ressalta que o Santo Padre pregou a aproximação aos mais fracos e oprimidos, esteve presente em momentos de tensão e viveu a simplicidade

SONORA 

Com a morte de Francisco, a Igreja Católica inicia o período oficial de luto. O corpo do Papa será velado na Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde fiéis de todo o mundo poderão prestar suas últimas homenagens. Seguindo o protocolo estabelecido pelo Vaticano, o funeral deve ocorrer nos próximos dias, presidido pelo atual decano do Colégio dos Cardeais. Como Francisco já havia sucedido um Papa emérito, esta será uma ocasião rara na história moderna da Igreja, que agora se prepara para o luto de um pontífice em exercício. As cerimônias litúrgicas seguem um ritual tradicional, com orações especiais, canto do “Subvenite” e o sepultamento nas Grutas Vaticanas, local reservado aos Papas. Bandeiras em diversos países devem ser hasteadas a meio mastro em sinal de respeito. Ainda não há data oficial para o Conclave, que reunirá os cardeais do mundo inteiro para eleger o novo sucessor de Pedro. Até lá, a Sé Apostólica permanece vacante e a Igreja segue em oração e vigília, guiada pelas palavras, pelo exemplo e pela luz que Francisco deixou.