De acordo com o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, o Paraná possui os maiores percentuais de seca grave e extrema do país.
O forte calor aliado à estiagem e ao consumo excessivo colocam em risco o abastecimento de água em todo Paraná. No Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, do qual o Paraná faz parte, mostra que o estado apresenta a situação mais crítica entre as 19 unidades da Federação monitoradas. Todo o território paranaense está sendo atingido. O estado possui os maiores percentuais de seca grave e extrema do país.
O Simepar e o Instituto Água e Terra integram o Monitor de Secas do país. O programa faz o acompanhamento regular da escassez de água no país. Todo mês é produzido um mapa, em escala regional, classificando a seca nas zonas monitoradas em seis categorias segundo o grau de severidade: ausente, fraca, moderada, grave, extrema e excepcional. Além disso, o mapa avalia se a seca é de curta, média ou longa duração.
Na Região de Curitiba, com a baixa observada nos reservatórios, o Simepar e o Instituto Agua e Terra resolveram aumentar o grau de severidade da classificação de grave para extrema no Monitor de Secas. Já na faixa central do Estado, que vai do Oeste até o Litoral, a situação é classificada como grave. No extremo Norte, no Sul e no Sudoeste, a seca relativa é moderada.
O presidente do Instituto Agua e Terra do Paraná, Everton Souza, fala sobre o trabalho de monitoramento e garante que a estiagem que atinge o estado é histórica.
SONORA
Nesta sexta-feira, o alerta foi para a região Sudoeste do Estado. Segundo informações da Sanepar, deve faltar água nas cidades do Sudoeste de Capanema, Planalto, Santa Izabel do Oeste, Nova Prata do Iguaçu e Dois Vizinhos. De acordo com a companhia, se a população não contribuir com uso racional água, vai faltar abastecimento para outras cidades, como Francisco Beltrão, que também está em estado de alerta.
A orientação é para que seja priorizado o uso da água na alimentação e higiene pessoal. As limpezas mais pesadas, como lavagem de carros, calçadas e fachadas, devem ser adiadas até que a situação se normalize.
Qualquer cidadão pode acompanhar a situação da estiagem no Paraná. Basta acessar monitordesecas.ana.gov.br. No site do Instituto Água e Terra, também está disponível o Hidroinfoparana, que mostra o conjunto de estações de monitoramento hidrológico dos principais rios da Bacia Hidrográfica do Estado. É possível acompanhar em iat.pr.gov.br.
De Curitiba, Juliana Sartori