
Geração de empregos desacelera no Paraná em março, acompanhando tendência nacional. Mercado de trabalho mostra sinais de desaceleração, com política monetária cada vez mais apertada
Por Flávia Consoli
Foram gerados 5.752 novos postos de trabalho com carteira assinada em março de 2025, resultado de 178.257 admissões e 172.505 desligamentos no mês. O número representa uma queda de quase 70% em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo foi de 18.042 empregos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), e foram analisados no Boletim do Emprego da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). O desempenho paranaense reflete o cenário de desaceleração observado em todo o país. No Brasil, foram gerados 71.576 empregos formais em março deste ano, uma redução de 70,8% na comparação com março de 2024. Lucas Dezordi, economista e assessor da Fecomércio PR, faz uma análise sobre o cenário do emprego no estado, e destaca que houve uma desaceleração, refletindo uma estabilização no ritmo do segmento de serviços
SONORA
O Comércio teve a maior redução de postos de trabalho, com saldo negativo de 466 vagas, enquanto no mesmo mês de 2024, havia registrado a criação de 2.574. Outro setor que apresentou déficit foi o de Construção Civil, com um saldo de -280 vagas. Embora tenham sido geradas 3.307 novas vagas no setor de Serviços, o volume representa uma redução de 61,0% na comparação com março de 2024. Na análise nacional, o Comércio também teve saldo negativo em março, com menos 10.310 vagas. Já os Serviços se mantiveram como o principal gerador de empregos no país, com 1.047.630 admissões e saldo positivo de 52.459 postos. Apesar disso, o setor teve redução de 64,7% na criação de vagas em comparação com março de 2024.