Nesta segunda-feira, parlamentares, ministros e técnicos do Mercosul vão debater a construção da ferrovia interoceânica ligando os portos de Paranaguá a Antofagasta, no Chile. O assunto é o principal tema do primeiro Seminário de Integração de Infraestrutura Ferroviário da América do Sul.
Foto: Contraponto
O Seminário de Integração de Infraestrutura de Transporte Rodoferroviário na América do Sul será realizado nesta segunda-feira em Assunção, no Paraguai. O evento reunirá parlamentares, ministros, diretores de órgãos técnicos e representantes da iniciativa privada do Paraguai, Uruguai, Brasil, Argentina, Chile, Peru e Bolívia, que vão discutir a construção da Ferrovia Interoceânica que vai ligar o Porto de Paranaguá, no Paraná ao de a Antofagasta, no Chile. O projeto completo prevê um corredor ferroviário que vai escoar a produção agropecuária, como a soja e a cana de açúcar, dos estados do Sul, Centro-Oeste e Sudoeste do Brasil e das regiões Leste do Paraguai e Norte da Argentina com ligação aos portos do Chile.
De acordo com o deputado federal Ricardo Barros do PP do Paraná, que faz parte do Parlamento do Mercosul (Parlasul), o Seminário também vai analisar quais as condições do processo de licitação para construir a ferrovia.
Levantamentos realizados pelo grupo de países apontam que a nova rota poderá reduzir em mais de 7 mil quilômetros a distância e em 30 dias a viagem na comparação com a rota pelo Canal do Panamá e em cerca de 2,5 mil quilômetros o trajeto pelo Canal da Boa Esperança.
O deputado federal Ricardo Barros destaca outros benefícios logísticos com ferrovia bioceânica.
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, confirmou presença no seminário. Ele defende que a ferrovia passe por Foz do Iguaçu, com ligação ao Paraguai, que de lá ligaria a Antofagasta, no Chile.
Repórter Deividi Lira