As doses de imunizantes contra covid-19 estão acabando e a campanha de vacinação já foi interrompida em várias cidades do país inclusive no Paraná. E as estregas previstas pelo governo federal podem não chegar.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou nessa quarta-feira em uma reunião com governadores o cronograma das próximas entregas de vacinas contra covid-19 aos estados. Segundo Pazuello, serão 11,3 milhões de doses em fevereiro e 230,7 milhões até o final de julho.
No entanto, o cronograma conta com entregas da vacinas Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya e da indiana Covaxin, que ainda estão em negociação com o governo federal. Além disso, nenhuma delas ainda está aprovada pela Anvisa.
O número de doses também não está de acordo com o que o Butantan têm de previsão de entrega e capacidade de produção. O diretor do instituto, Dimas Covas, disse em entrevista coletiva à imprensa que a produção vai ser de 426 mil doses por dia a partir da próxima terça durante oito dias, ou seja, 2,6 milhões de doses até o fim deste mês. O total de entregas ao governo federal em fevereiro previsto pelo Butantan é de 3,7 milhões de doses, 5,7 milhões a menos do que o anunciado pelo ministro nessa quarta.
As capitais Rio de Janeiro, Salvador e Cuiabá já suspenderam as campanhas de vacinação por falta de imunizante. No Paraná várias cidades já interromperam a vacinação e o estoque está quase no fim no restante do estado. O governador Ratinho Junior disse nesta terça-feira que espera receber mais um lote de vacinas com 200 mil doses a partir da próxima semana para continuar a campanha de vacinação por aqui.
Amanda Yargas