Foto: PC Maioria dos pacientes enganados buscava a medicação para crianças autistas e com convulsões; médica reforça que os óleos de qualidade exigem receita, autorização da Anvisa e cromatografia.
Por Fernanda Nardo
A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (30), em Curitiba, um casal que vendia falso medicamento derivado de óleo de cannabis. O casal fabricava o produto e vendia para pais de crianças autistas. Conforme a delegada a delegada da PCPR Aline Manzatto, a investigação começou após uma denúncia anônima feita ao Núcleo de Repressão Aos Crimes Contra a Saúde (Decrisa). Ela conta que o casal mantinha um site, no qual vendia o suposto medicamento sem registro, fora das normas legais para a comercialização da cannabis medicinal e com doses de tetracanabidiol, parte alucinógena da planta, superior ao recomendado como medicamento. Conforme a delegada, a maioria dos relatos no site de venda do produto era de pais que procuravam uma medicação para crianças com autismo ou convulsões.
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Na fábrica, os policiais encontraram vários materiais e equipamentos químicos para fazer a retirada do extrato e mistura-lo com o óleo vegetal. Segundo a delegada, os suspeitos alegaram fazer parte de uma associação, mas não tinham autorização para atuar desta forma. Conforme o delegada, eles atendiam cerca de 1200 famílias com o produto. A médica e prescritora de cannabis medicinal, Amanda Medeiros Dias, explica que todos óleos à base de cannabis para fins terapêuticos de qualidade exigem receita, autorização da Anvisa e cromatografia.
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