Mais da metade da população brasileira se considera preta ou parda, totalizando mais de 56%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2019. Mas, no Brasil, essa população não está bem dividida nos diferentes setores. Os negros são maioria nas prisões e minoria nos cargos de poder.
Confira na reportagem de Chananda Lipszyc Buss, da Agência Escola da UFPR.
O perfil do preso no Brasil é negro. Em 2019, segundo o Anuário de Segurança Pública, existiam quase 658 mil presos no país e, desse número, mais de 438 mil eram negros. Isso representa que aproximadamente a cada três presos, dois são negros. Essa situação já está presente na sociedade brasileira há anos. É o que diz a afrodescendente e assistente social Andréa Pires Rocha.
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Porém, essa realidade é diferente em cargos de poder. Nesse caso, os brancos representam a maior parte nesses locais. Menos de 30% dos cargos de liderança são ocupados por pessoas negras nas empresas brasileiras, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Anna Lyvia Ribeiro, membra do Coletivo Independente de Advogadas e Advogados Negras e Negros comenta sobre a questão.
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Megg Rayara Gomes de Oliveira é autora do livro “O diabo em forma de gente: (r)existências de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação” e professora adjunta do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A pesquisadora reforça que é preciso que as pessoas negras ocupem os espaços sociais.
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Na política, é possível perceber avanços, ainda que não seja um cenário ideal. A representação dessa parcela da população foi maior na última eleição se comparada a anterior, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2020, pouco mais de 32% dos prefeitos eleitos em primeiro turno são pretos ou pardos. Nas eleições municipais de 2016, os prefeitos negros somaram 29,2%.
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As pesquisadoras entrevistadas na reportagem discutiram o racismo de forma mais aprofundada no episódio 61 do podcast “Fala, Cientista”. Confira também nas plataformas de streaming. Repórter Chananda Lipszyc Buss com colaboração de Robinson Samulak sob supervisão de Chirlei Kohls, em uma parceria Rede Aerp de Notícias e Agência Escola UFPR, da Universidade Federal do Paraná.