Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná Tempestades, vendavais e aumento no nível do mar estão entre as mudanças climáticas previstas com o aquecimento global. E o Porto de Paranaguá está entre os portos brasileiros que deve sofrer maior impacto com esses eventos.
por Amanda Yargas
Os portos brasileiros precisam se adaptar para diminuir o impacto das mudanças climáticas nas suas atividades, foi o que concluiu estudo feito pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) com a agência de fomento alemã GIZ. Segundo a pesquisa, de 21 portos brasileiros, 7 já correm risco alto em razão das tempestades, incluindo o de Paranaguá. A perspectiva é que até 2050 esse número chegue a 16. Além disso, projeções para 2030 avaliam que 11 portos devem correr risco alto ou muito alto em relação ao aumento do nível do mar. Paranaguá também integra essa lista, classificado como risco muito alto. De acordo com o gerente de Meio Ambiente da Portos do Paraná, Thales Trevisan, a área portuária do litoral do estado sofreu com dois eventos climáticos extremos nos últimos anos.
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Segundo a Antaq, os portos brasileiros movimentam 14,2% do PIB nacional, um total de R$ 293 bilhões. Thales Trevisan explica como os eventos climáticos impactam nas atividades dos portos.
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Em junho deste ano, o Porto de Paranaguá implantou uma estação meteorológica própria, como explica o gerente de Meio Ambiente.
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O levantamento feito pela Antaq e pela agência alemã pretende ser um porto de partida para novas medidas regulatórias no setor e também como um alerta para a necessidade de preparação para lidar com o problema. Entre as medidas sugeridas, 21 ações são estruturais e 34 são melhorias de gestão ou operacionais. Entre elas estão a construção ou reforço de infraestruturas de abrigo; ampliação do processo de dragagem; monitoramento meteorológico, a abordagem da mudança do clima no plano estratégico do porto.