Profissionais que participaram do estudo da Coronavac no Paraná começam a ser imunizados.
Nesta quarta-feira, profissionais da saúde que participaram do estudo da Coronavac no Paraná e haviam recebido o placebo começaram a ser imunizados. A pesquisa foi realizada por uma equipe do Hospital de Clínicas, em parceria com o Instituto Butantan. Como o estudo é feito pelo método conhecido como duplo-cego, onde nem os voluntários, nem os cientistas que acompanham sua evolução sabem quem recebeu a vacina e quem recebeu o placebo, horas antes da vacinação, os envelopes com essa informação foi aberto e aqueles que ainda não estavam imunizados foram informados. A equipe de vacinação vai trabalhar 15 horas diárias nos próximos 4 dias para que todos os participantes do estudo recebam o imunizante.
A primeira voluntária a receber a vacina nesta quarta foi a técnica em enfermagem Risolete Novacki. Ela comemorou a chegada da vacina.
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Segundo a professora Sonia Raboni, que coordenou o estudo no Paraná, o HC foi o primeiro centro ativado da pesquisa no Brasil, no dia 7 de agosto de 2020. Até 30 de outubro, foram 1407 participantes, o dobro da meta anteriormente prevista. Dos 16 centros que participaram dos testes da Coronavac no país, apenas outros 2 conseguiram atingir a meta. A equipe do Hospital de Clínicas confirmou 30% dos casos de covid-19 analisados na pesquisa brasileira. A confirmação é importante porque permite fazer a análises de eficácia e segurança, exigências para solicitação de uso emergencial da vacina. 96 pessoas fizeram parte da equipe, entre estudantes, professores e profissionais da saúde e administrativos. A coordenadora reforçou que o desenvolvimento da vacina é uma conquista.
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Ela disse que o mais importante foi saber que o povo brasileiro teria acesso a esse imunizante, caso os resultados fossem positivos.
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O Reitor da Universidade Federal do Paraná Ricardo Fonseca, declarou que essa vitória mostra a importância da ciência e das universidades públicas para a sociedade.
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Amanda Yargas