
Agora no Paraná as gestantes vão poder decidir se terão filhos por parto normal ou cesariana, mesmo em partos realizados pelo SUS. O projeto de lei que trata desta escolha da mulher foi aprovado na Assembleia Legislativa do Estado. Confira na reportagem de Amanda Yargas.
Foto: Orlando Kissner/Alep
As gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (Sus) vão poder escolher se querem ter parto normal ou cesária. A deputada Mabel Canto, do PSC, autora do projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa do Paraná, explicou que a intenção é garantir o direito de escolha da mulher.
Segundo a deputada, o obstetra do SUS tem o dever de informar a gestante sobre cada modalidade de parto.
O presidente do Centro Fetal Batel, o médico José Jacyr Leal Junior, explicou aos deputados na Assembleia que cada caso é diferente e que, além das questões técnicas, a vontade da gestante deve ser levada em conta.
A doula e educadora perinatal, Vivian Pasini, acredita que dar à gestante o direito de escolher sobre seu modo de parto não é o suficiente para evitar a violência obstétrica.
Para a educadora perinatal Vivian Pasini, a violência obstétrica é fruto da sobrecarga do sistema, da desatualização das equipes médicas, da desinformação da gestante e quem a acompanha e do machismo que, segundo ela, faz com que a mulher seja tratada apenas como mais um procedimento no hospital, ao invés de ter o parto respeitado como um importante momento emocional e familiar.
Repórter Amanda Yargas