Projetos abrem caminhos da ciência e tecnologia também para as meninas , mudando modelos de educação que favoreciam apenas o interesse masculino.
Arte: CNPQ
As mulheres estão abrindo espaço no mercado de trabalho e no meio científico com cada vez mais força nas últimas décadas e com fôlego renovado nos últimos anos. Mas as posições de liderança ainda são majoritariamente ocupadas por homens e as áreas de ciência e tecnologia são reconhecidas como aquelas que mais têm barreiras para elas. Apenas 30% das mulheres no ensino superior escolheram carreiras relacionadas a ciência, tecnologia, engenharias ou matemática em 2018, de acordo com a Unesco. Uma das alunas do terceiro ano do Colégio Sesi, Gilcelly Ribeiro Baptista, contou que quer ser engenheira. Ela se inspira em uma engenheira que comandava uma obra na qual foi jovem aprendiz, mostrando a importância da representatividade.
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Curitiba é a cidade brasileira onde se encontra o CIFAL, o Centro Internacional de Formação de Autoridades e Líderes das Nações Unidas, que tem outros 19 escritórios ao redor do mundo. A coordenadora do centro, Priscila da Paz Vieira, conta qual a importância de promover a igualdade de gênero em todas as áreas.
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Na Universidade Federal do Paraná, um projeto de extensão chamado Meninas e Mulheres nas Ciências atua com a comunidade para quebrar essas barreiras. Segundo a coordenadora, Camila Silveira, a iniciativa identificou que era preciso mudar o processo de aprendizagem.
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Antes da pandemia, o projeto de extensão atuava com a comunidade escolar, na formação de professores sensíveis a esse problema e também com exposições sobre mulheres cientistas para trazer consciência para uma esfera mais ampla da sociedade. Agora a equipe disponibiliza uma série de materiais e atividades que podem ser usados pelos professores e escolas nas aulas, e reuniões pedagógicas online. O conteúdo pode ser acessado através das redes sociais do projeto pelo Facebook e Instagram pelo @muheresnaciencias.ufpr.
Já o Cifal tem uma atuação em conjunto com o sistema Fiep para promover a igualdade de gênero dentro do ambiente das empresas do estado. O Sesi Paraná mantém uma plataforma com indicadores relacionados à presença, atuação e desafios das mulheres em várias aspectos sociais, incluindo trabalho, educação e violência. Os dados podem ser acessados em relatoriosdinamicos.com.br/mulheres.
Amanda Yargas