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Queima de lixo causa um terço dos incêndios ambientais no Paraná, alerta Corpo de Bombeiros

Por Redação. Publicado em 06/08/2025 às 13:00.

Queima de lixo causa um terço dos incêndios ambientais no Paraná, alerta Corpo de Bombeiros

Copel identifica 285 sítios arqueológicos durante obras no Paraná

As informações com Mauro Contti


De janeiro a julho de 2025, o Paraná registrou 4.830 incêndios em vegetação, sendo 1.641 iniciados com fogo ateado a lixo em terrenos baldios. Isso representa 33,9% dos casos, segundo o Corpo de Bombeiros. Em 2024, o índice foi ainda maior, com 37,8% das 11 mil e 900 ocorrências originadas da mesma prática.

A situação se agrava no inverno, com tempo seco e maior incidência de queimadas. Só em julho deste ano foram 587 incêndios em terrenos baldios. A prática, além de ser crime ambiental com penas de até seis anos de prisão, causa riscos à saúde e à segurança pública.
Como medida preventiva, a plataforma VFogo, desenvolvida pelo Simepar com apoio da Nasa e outras agências, vem sendo usada para identificar focos de calor em tempo real. Em 2024, o sistema detectou mais de 50 mil focos, mais que o dobro do ano anterior. Denúncias de queimadas ilegais devem ser feitas pelo telefone 190.
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Entre 2014 e 2024, a Copel identificou e preservou 285 sítios arqueológicos em obras de linhas de transmissão, distribuição, usinas e subestações. Os achados incluem artefatos de até 3.500 anos, como instrumentos de pedra e cerâmica, além de ruínas e vestígios de fogueiras e sepultamentos.

Além do Paraná, as descobertas ocorreram nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio Grande do Norte, regiões onde a companhia atua. Todo o processo é acompanhado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que orienta os estudos e define os critérios de preservação ou resgate dos sítios.

Parte dos materiais recolhidos é destinada a museus e centros culturais, enquanto outros sítios permanecem protegidos em seus locais originais. O trabalho inclui também ações de educação patrimonial voltadas a comunidades próximas, escolas e trabalhadores das obras, reforçando o reconhecimento do território como espaço de memória coletiva.