O setor de eventos foi um dos que mais sofreu com o isolamento social. Por isso, é importante que os empresários e profissionais do ramo se reinventem para continuar trabalhando durante a pandemia. Confira alguns exemplos na reportagem de Amanda Yargas.
A proibição de aglomerações para evitar o contágio pelo coronavírus fez com que eventos sociais e coorporativos fossem adiados ou até mesmo cancelados. Um levantamento feito pelo Sebrae em abril mostrou que 98% do setor tinha sido afetado pela pandemia.
35% dos empresários contam que conseguiram negociar o crédito para ser utilizado pelo cliente depois da crise. Mas 34% precisou devolver o dinheiro para o contratante e sem novos contratos a estimativa era de uma redução no faturamento de 75 a 100% em relação ao ano anterior. Por isso, os empresários do setor tiveram que explorar novas possibilidades de serviços e produtos.
Kaio Stadnick é sócio de uma empresa que produz coquetéis em festas como formaturas, casamentos e fim de ano para empresas. Ele conta que com a pandemia, a empresa começou a usar os recursos que já tem para criar novos produtos e projetos.
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Já a maquiadora Francielle Walter, que atendia principalmente noivas, começou a vender cupons de desconto para seus serviços. Hoje a cliente pode pagar mais barato por uma maquiagem que irá usar daqui a alguns meses ou mesmo no ano que vem. Ela explica que as mudanças que vieram com a pandemia possibilitaram a disseminação dos seus serviços e que ela também entrasse em outra área, a de cursos.
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Os dois empresários contam que algumas dessas mudanças vieram para ficar. No caso da empresa de coquetéis, os carros de transporte que normalmente só são utilizados no fim de semana vão ser um ganho extra daqui para frente. Já a maquiadora pegou gosto pelas aulas e pretende continuar formando outros profissionais de beleza. Para o empresário, num primeiro momento, as empresas que sobreviverem à crise vão ficar sobrecarregadas com o acumulo de eventos logo que eles estejam liberados, mas muitos clientes ainda vão preferir deixar as festas para depois, então a retomada será lenta. E como resultado de todo este quadro, ele acredita que a concorrência ficará mais acirrada.
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Repórter Amanda Yargas