Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Robô criado por paranaenses ajuda no combate a infecção hospitalar

Por Jornalismo. Publicado em 30/10/2019 às 16:40. Atualizado em 12/12/2019 às 17:21.

Usando a  inteligência artificial o Robô Laura identificar se o paciente que está com infecção hospitalar e emite um alerta. O programa de computador já reduziu a mortalidade por sepse em 25%.

Foto: Divulgação Instituto Laura Fressato

 

 

 

 

 

 

 

Inteligência artificial para salvar vidas, este é o Robô Laura, um programa de computador que detecta a sepse, que é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção.  O dispositivo faz o  gerenciamento de dados da rotina do hospital e emite alertas caso algo esteja errado. Segundo o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), a infecção é responsável por 25% das taxas de ocupação dos leitos em UTI no Brasil e a mortalidade associada à doença pode chegar a 54,1% nos hospitais. Além disso, a doença é a mais cara no setor da saúde. Segundo o co-criador do robô Laura, Cristian Rocha, a questão é que os hospitais têm equipes reduzidas e fica difícil identificar o risco de sepse.

A cada 3,8 segundos, o Laura faz uma varredura nas informações sobre pacientes internados. Caso tenha alguma irregularidade nos sinais vitais ou exames, o programa emite um alerta que pode ser visualizado no computador ou em um aplicativo de celular.

A plataforma está presente em 13 hospitais em três Estados e deve chegar à capital e ao interior de São Paulo em novembro. Ativo desde 2016, o Laura já teve cerca de 1,2 milhão de pacientes conectados e reduziu em 25% a taxa de mortalidade hospitalar. A ideia de criar uma plataforma para evitar a complicação ocorreu depois de uma tragédia na família do arquiteto de sistemas Jacson Fressatto. Em 2010, a filha dele, a Laura nasceu prematura e, após 18 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), morreu por sepse.

Repórter Alexandra Fernandes