Em Curitiba, especialistas debateram como romper a rota de circulação do vírus da febre amarela. A doença chegou com força no estado.
Medidas para o controle da circulação do vírus da febre amarela e combate à doença foram discutidas de segunda até esta quinta-feira, em Curitiba. O encontro envolveu técnicos do Ministério da Saúde, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e pesquisadores da Fiocruz, a Fundação Oswaldo Cruz. No Paraná, até o momento, são 15 casos de febre amarela registrados, com uma morte confirmada, além de 85 casos em investigação. Os casos de mortes de macacos aconteceram em 6 municípios, no Litoral, Região Metropolitana de Curitiba e Campos Gerais. Estes registros vem sendo mapeados, o que permite ter um controle sobre o avanço da doença e as rotas do vírus pelos corredores de matas. A Fiocruz desenvolveu um aplicativo gratuito, o SISS-GEO, para colaborar neste mapeamento. O consultor do grupo técnico de vigilância das arboviroses do Ministério da Saúde, Alessandro Martins Romano, afirmou que o apoio do Paraná é essencial para incorporar o uso de novas tecnologias e melhorar o trabalho de prevenção à doença.
Segundo a coordenadora da plataforma de Biodiversidade da Fiocruz, Márcia Chame, o trabalho feito no Paraná poderá servir de piloto para todo o País. A médica veterinária do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Paraná, Paula Linder, afirmou que o mapeamento da morte de macacos contribuiu para que o Paraná antecipasse o trabalho prevenção e vacinação em áreas prioritárias. O biólogo da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, Marco Antonio Almeida, afirmou que a troca de informações entre os estados é uma ação solidária. O trabalho conjunto com o Ministério da Saúde e o Paraná acontece desde o mês passado, quando foram percorridas áreas rurais e florestais em diversas regiões para levantar informações, localizar comunidades não vacinadas e macacos mortos.
Repórter: Rodrigo Arend