
Estudos indicam que doenças neurodegenerativas como o Parkinson podem ter relação direta com a saúde bucal. Dentista alerta para riscos e importância do acompanhamento odontológico
Por Flávia Consoli
O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum entre adultos, atrás apenas do Alzheimer. De acordo com projeções da Capital Medical University, da China, cerca de 25 milhões de pessoas no mundo poderão apresentar sinais da doença até 2050 – um aumento de 76% em relação a 2021. A população acima dos 80 anos será a mais impactada, com crescimento previsto de até 196% nos diagnósticos nessa faixa etária. Segundo o Dr. João Piscinini, dentista e especialista em Saúde Coletiva da Neodent, a saúde bucal dos pacientes com a doença deve ser acompanhada por um dentista para melhorar a qualidade de vida e evitar problemas mais graves
SONORA
Estudos recentes analisaram voluntários acima de 50 anos e constataram que algumas bactérias bucais estão associadas à melhora da memória e da atenção, enquanto outras podem acelerar o declínio cognitivo e favorecer doenças. A hipótese é que o equilíbrio da microbiota bucal possa ser uma das chaves para a prevenção da demência. Dr. Piscinini ressalta a importância de manter a saúde bucal que pode ajudar na preservação da saúde neurológica
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Segundo o especialista, a presença do dentista é essencial em todas as fases da doença, tanto na prevenção quanto na reabilitação. Em casos de perda dentária, implantes podem ser uma alternativa mais estável e confortável do que próteses móveis, mas exigem avaliação multiprofissional detalhada.