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Seca afeta segunda safra de milho no Paraná e vai aumentar o preço da carne

Por Jornalismo. Publicado em 04/05/2020 às 19:12.

A estiagem que já dura quase um ano no Paraná não chegou a afetar a produção de soja, que bateu recorde no estado. No entanto a segunda safra do milho vai sofrer com a falta de chuvas e a projeção é que isso impacte também o preço de produtos animais, como carne, ovos e leite. Confira na reportagem de Amanda Yargas.

 

 

Desde que o Simepar começou a fazer medições climáticas, o Paraná não passava por um período tão longo de estiagem. Segundo o meteorologista da instituição Marco Antonio Jusevicius, já são 10 meses com chuvas muito irregulares e índices abaixo da média em todo o estado.
O meteorologista explica que não é possível determinar com precisão o que gerou este ano atípico.

 

 

Apesar da seca prolongada, a safra de soja 2019/2020 bateu recorde de produção, com 28% a mais do que na colheita anterior, um total de 20,6 milhões de toneladas.
A falta de chuvas pode afetar negativamente a segunda safra de milho, a estimativa é uma diminuição de 5% apesar do aumento na área plantada, o que corresponde a 600 mil toneladas a menos, principalmente na região Oeste do Estado. No entanto, segundo o chefe do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Salatiel Turra, o preço da saca, que passa de 38 reais, compensa a queda na produção.

 

 

Mas enquanto os produtores de milho podem ficar tranquilos, o preço de gêneros animais, como carne, ovos e leite deve aumentar para o consumidor. Isso porque o milho é usado como ração animal o que impacta nos custos de produção destes produtos, como conta o chefe do Departamento de Economia Rural.

 

 

A Secretaria da Agricultura também considera que não é possível estimar com certeza os impactos em safras futuras porque isso ainda vai depender das condições climáticas em cada ciclo de cultivo. Mas de acordo com o meteorologista do Simepar, Marco Antonio Jusevicius, mesmo que a quantidade de chuvas se aproxime do nível médio nos próximos meses, isso ainda não será suficiente para normalizar a disponibilidade hídrica no estado.

 

 

Repórter Amanda Yargas