A Agência Escola UFPR e Rede Aerp continuam com a série com análises de especialistas da Universidade sobre pautas que estão nas discussões das Eleições Municipais 2024. Na terceira reportagem da série, o tema é cidade digital.
Repórter: Alana Morzelli. Supervisão: Maíra Gioia. Uma parceria AERP e Agência Escola UFPR, com a participação do Observatório Metrópoles.
Você já teve a sensação de estar sendo vigiado? Isso é porque você está. Seja pelo controle de serviços, como nas catracas de ônibus, ou pela segurança pública, estamos cercados por dispositivos eletrônicos em toda a cidade, chamada de cidade digital. A expressão se refere aos dispositivos eletrônicos que são utilizados para coleta e processamento de informações para posterior tomada de decisão no âmbito governamental, segundo Carolina Israel, coordenadora do Núcleo Curitiba do Observatório das Metrópoles.
SONORA
As câmeras podem identificar situações anormais a partir da sua programação, exemplo: um objeto, como uma mochila, que está sozinho em determinado espaço. Acontece que, estando enviesado, o algoritmo produz situações de discriminação, como explica Rodrigo Firmino, que é professor do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e colaborador do Observatório das Metrópoles.
SONORA
No Paraná, a educação funciona como “laboratório” de experimentos tecnológicos. No último ano, o Observatório das Metrópoles produziu relatório indicando a intenção de implementar, em escolas do Paraná, dispositivo para o monitoramento de emoções, considerados pseudociência. Na oportunidade, a Secretaria de Estado da Educação negou qualquer experimento nesse sentido. O Estado, contudo, implementa nas escolas o geoponto, que modificou o registro de frequência dos professores, além disso, professores da rede estadual já tiveram episódio em que um aplicativo de educação foi instalado nos celulares sem a autorização dos docentes.