Divulgação O Estado reforça ações no Setembro Verde e mantém-se como referência, com média de doações 94% superior à do restante do país
Por Flávia Consoli
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná está intensificando as ações de conscientização sobre a doação de órgãos durante o Setembro Verde, mês dedicado ao tema. O estado continua a se destacar no cenário nacional, registrando um índice de doações 94% maior que a média do Brasil. Em 2015, o Paraná ocupava a quinta posição no ranking da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Atualmente, a situação é diferente: em 2023 e 2024, o estado liderou o ranking nacional, com pouco mais de 42 doações por milhão de habitantes. Nos primeiros seis meses de 2025, foram registradas 37,9 doações por milhão, enquanto a média nacional ficou em 19,5. Com esses dados parciais, o Paraná ocupa a segunda posição, atrás apenas de Santa Catarina (com 42,4 doações por milhão), mas à frente de estados como Rondônia, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. O secretário de Saúde, Beto Preto, ressaltou os investimentos que transformaram o Paraná em uma referência na doação de órgãos
SONORA
No Brasil, a doação de órgãos só é possível com a autorização da família, mesmo que a pessoa tenha expressado seu desejo em vida. A abordagem familiar é realizada por profissionais do Sistema Estadual de Transplantes, e essa atuação contribuiu para que o Paraná alcançasse um dos menores índices de recusa do país: apenas 31%, comparado à média nacional de 45%. O Setembro Verde foi instituído para sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos. O dia 27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos, e no Paraná, a mobilização também é reforçada pelo Setembro Vermelho, lei estadual que incentiva a doação de órgãos e tecidos em todo o estado. No ano passado, mais de 30 mil transplantes foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil.